quarta-feira, 21 de julho de 2010
Estudo inédito mapeia 819 espécies de peixes raros no Brasil
Com base nesses dados, pesquisadores identificaram 540 áreas-chave para a conservação dessas espécies nas águas doces do país, 40% delas em estado avançado de degradação.
Um grupo de seis pesquisadores do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da ONG Conservação Internacional (CI-Brasil) identificou 819 espécies de peixes raros de água doce no Brasil. O estudo, publicado hoje pela revista científica eletrônica PLoS ONE (http://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0011390) é resultado das análises das informações acumuladas ao longo de décadas sobre a fauna de peixes brasileiros e de coleções científicas e representa o mais completo mapeamento já elaborado sobre peixes raros de água doce no Brasil.
“Esse mapeamento representa um passo importante para que finalmente a sociedade brasileira passe a reconhecer que os nossos rios, além de serem fontes de água, alimento e energia, são também lugares onde uma importante parte da biodiversidade única do país está presente”, afirma Naércio Menezes, da Universidade de São Paulo e coautor do estudo.
Com base nas distribuições das espécies de peixes raros foram identificadas 540 bacias hidrográficas que podem ser consideradas como áreas-chave para a conservação (ACB) dos ecossistemas aquáticos brasileiros. As ACBs são lugares insubstituíveis, pois abrigam espécies de peixes que somente ocorrem lá e em nenhuma outra parte do mundo. “Sem estudos detalhados de mapeamento, é impossível saber quais áreas específicas abrigam biodiversidade única e sob grande ameaça,” enfatiza outro autor do estudo, Cristiano Nogueira, da Universidade de Brasília.
Segundo o estudo, apenas 26% das 540 bacias hidrográficas identificadas como ACBs podem ser consideradas como razoavelmente protegidas. Do total, 220 (40%) ACBs estão em estado crítico devido ao impacto direto de hidrelétricas ou por apresentarem uma combinação de baixa proteção formal (Unidades de Conservação) e altas taxas de perda de habitat. Tais áreas críticas passam por um rápido processo de degradação ambiental e abrigam 344 espécies endêmicas de peixes, ou seja, aquelas apenas encontradas na região. “Se o atual ritmo de degradação dessas ACBs continuar como está, o Brasil corre o risco de perder uma parcela importante do seu patrimônio biológico único em pouco tempo, o que seria um desastre em grandes proporções para a principal potência biológica do planeta”, afirma Fábio Scarano, diretor-executivo da CI-Brasil.
Imagem: http://www.ufpa.br/gea/
Texto: http://www.conservacao.org/noticias/noticia.php?id=465
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Querida,quero ser como você quando crescer!
ResponderExcluirObrigada por contribuir com o Mundo!
Beijos
"Tenho candor
ResponderExcluirpor bobagens.
Quando eu crescer eu vou ficar criança" (Manoel de Barros)